Ciclo de Cinema e Debate-"O Longo Caminho para a Liberdade"
ERA UMA VEZ UM ARRASTÃO Um vídeo de Diana Andringa
Dez de Junho, praia de Carcavelos. Muitos jovens juntam-se ao sol. Há tensão
e insultos. Depois chegará a polícia. Às 20h, as televisões apresentam ao
país "o arrastão", um crime massivo, centenas de assaltantes negros, em
pleno Dia de Portugal.
O noticiário torna-se narrativa apaixonada de um país de insegurança e
"gangs", terror e vigilância. A maré engole o desmentido policial da
primeira versão dos incidentes e vários testemunhos sobre uma inventona.
"Era uma vez um arrastão" passa em revista um crime que nunca existiu, a
atitude dos media perante uma história explosiva e as consequências
políticas e sociais de uma notícia falsa. Antes que esta nova crise de
pânico passe ao arquivo morto, é necessário inscrevê-la na história da
manipulação de massas em Portugal.
Apresentação pública
Quinta-feira, 30 de Junho, 21:30h
Videoteca Municipal de Lisboa, Largo do Calvário (Alcântara)
ENTRADA LIVRE!!!
A apresentação será seguida de debate com a presença de:
Miguel Gaspar (jornalista, DN)
Rui Marques (Alto-Comissário adjunto para a Imigração e Minorias Étnicas)*
Rui Pena Pires (sociólogo, ISCTE)
José Rebelo (jornalista, sociólogo, ISCTE)
Mário Mesquita (jornalista, professor universitário)*
Nuno Guedes (jornalista, A Capital)* * a confirmar
A entrada é livre.
Esta proposta de Diana Andringa enquadra-se claramente no espírito do "Café das Imagens" da Videoteca; uma iniciativa que lançámos em 1993 que procurava recriar, num cenário moderno, as tertúlias dos velhos cafés que dantes havia em Lisboa, e onde o hábito de ir tomar um café trazia consigo, no mais das vezes, o agradável “vício” da conversa.
A proposta da Videoteca era simples: ver as imagens que sugeriram um tema, tomar um bom café e participar na conversa da tertúlia dessa noite. A ideia "pegou". E o "Café das Imagens" continua, há mais de uma década.
Por isso, se gosta de sair de casa depois do jantar para tomar a “bica”, e se não despreza um bom pretexto para dar dois dedos de conversa, aproveite o “Café das Imagens” da Videoteca, que geralmente se realiza na última 5ª feira de cada mês.
E aqui deixo o nosso agradecimento à Diana Andringa por ter escolhido a Videoteca Municipal para apresentar "ERA UMA VEZ...UM ARRASTÃO".
Como Chegar à Videoteca: http://www.videotecalisboa.org/index.php?module=ContentExpress&func=display&ceid=38
Esta mensagem no site da videoteca de Lisboa: http://www.videotecalisboa.org/modules.php?op=modload&name=PagEd&file=index&page_id=230
Um artigo interessante a ler e reflectir, pois todos somos de alguma forma responsáveis pelo mundo em que vivemos. http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=10394&catogory=Manchete
Como é sabido aquilo que deveria ter sido uma festa acabou em confusão, sofrimento e claro nome manchado; a comunidade africana ficou com o seu nome manchado. Esta mensagem não é tanto para as pessoas que não foram ao evento, mas mais para as que foram ao evento (ou as que custumam ir a eventos do género) e acabaram por se envolver em disputa e desacatos.
Fica uma mensagem de Dr. Martin Luther King Jr. Ligue as suas colunas de som e Clique.
Paz (no verdadeiro sentido da palavra)
Este sábado, dia 28 de Maio, por volta das 17h, junto a estação de Queluz Massamá(no parque de estacionamento em frente a Escola Secundária Miguel Torga) puderão deleitar se com as actuações dos Mc´s Chullage,Profetas do Destino, PM, Thug Sisterz, entre outros e os grupos de kuduro: Garimpeiros e as Vingadoras.........e muitos mais!
Haverá também passagem de modelos da estilista Vera Marques.
Participação de algumas bandas brasileiras.
A entrada é livre e haverão comes e bebes. Vamos lá povo! Desbundanço em paz ehehehe
Organização: Fórum Social Angolano
Evento sob o tema: África Unida Combate o Virús Marburg
Para reservas de mesas e ou outras informações: fsaorg@mail.pt - Zebas 96 479 27 95 | Zelm 96 313 53 52 | Loy 96 181 95 81
Falarei da comunidade africana em Portugal pois é nela que se pode dizer que estou inserido. Digo pode se dizer porque é uma comunidade vasta e muitas vezes "aparentemente" disperça.
Por exemplo, recentemente começamos a saber que iriam dar-se os festejos do dia de África na zona de Queluz Massamá. A Mana T, se questionava de onde vinha a organização, quem estava a organizar o dito evento e de onde poderiamos retirar informação para divulgar o dito evento.
Falta divulgação, faltam meios de divulgação.
A comunidade africana com menos dinheiro vive por vezes momentos de aflição em que os pais saem de madrugada para o trabalho e voltam já bem de noite. Entretanto os filhos estão entregues à rua, visto que não há muitas vezes a proximidade de familiares que olhem pelas crianças.
Existem organizações que estão a atrabalhar afincadamente no sentido de prestarem serviços sociais a essa comunidade africana (e não só), mas quem sabe onde essas organizações estão, quem são e o que fazem realmente e acima de tudo quando o fazem?
Falta divulgação, faltam meios de divulgação.
Se temos tempo para isso andamos como se fossemos loucos literalmente à caça de notícias da comunidade. Acordando cedo para ver a tv2, expiando o internacional sic e claro a rtp África.
Mas será que temos que estar em toda essa agonia para termos as informações que precisamos?
Falta divulgação, faltam meios de divulgação.
A/o jovem africano bem que pode criar uma peça de teatro, um concerto, uma exposição de fotografia. Mas será que vai ser notícia no jornal das 8? Será que vai ter espaço no jornal de grande tiragem? Será que vai ter espaço até nos jornais/ revistas dedicados à comunidade africana? Sabemos que não. E isso é mais uma fonte de frustração.
Falta divulgação, faltam meios de divulgação.
Penso que uma cultura para sobreviver precisa de alguma forma de divulgação. Penso que uma boa base para a solução da frustração que muito africano vive em Portugal seria solucionada com divulgação.
É urgente divulgar, é urgente espalhar notícias, é urgente dar a conhecer. Mas, que não se espere que as pessoas venham participar. Elas já não estão habituadas a participar.
Participação é uma forma de cultura, exige hábito. E o hábito de ir ver, de participar, exige divulgação.
Lembro-me Mahatma Ghandi custumava dizer algo do tipo "o pacifismo, a não-violência precisa de jornais para ser divulgado/a. É preciso existirem orgãos que distribuam a informação".É uma verdade!
Não é um fenómeno que vise estar a afunilar as comunidades africanas, não é perseguição racista; os jornais, as revistas, as tvs, as rádios de hoje em dia é que já não passam mesmo certo tipo de notícias. Isso também é importante de se perceber.
É por isso que com as mãos juntas eu rezo para que este blog seja um veículo para divulgação de África. A chamada blogoesfera precisava de um blog assim. Não sei se já não existem blogs deste tipo, mas se existem eu não conheço, lá está, falta de divulgação.
Portanto, enviem-nos os vossos blogs afros, enviem-nos as vossas notícias, enviem-nos as vossas actividades, enviem-nos as moradas das vossas associações. Façamos nascer ou reviver a divulgação, não julguem que sabemos, pensem sempre que não sabemos pois só assim se faz divulgação. Enviem até as notícias do vosso bairro. E que tal criarem um blog com as notícias do mesmo? Força!
Porque é urgente divulgar África para acabar com a frustração. Paz!